Central telefônica criminosa que fazia ligações para aplicar golpes em todo o país é fechada no Paraná; entenda o esquema

  • 06/11/2025
(Foto: Reprodução)
Gaeco desmantela falsa central telefônica e revela rede criminosa interestadual Uma "central telefônica" com criminosos que faziam ligações para aplicar golpes em todo o país foi descoberta e fechada em Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná, durante uma operação deflagrada nesta terça (4) e quarta-feira (5). As informações são do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Paraná (MP-PR), que foi responsável pela operação e contou com o apoio da Polícia Científica e dos Ministérios Públicos do Rio de Janeiro e do Ceará. As investigações apontam que os criminosos se passavam por funcionários de centrais de segurança bancária para induzir as vítimas a fornecerem dados sensíveis e códigos de segurança (tokens) de suas contas, possibilitando que um hacker invadisse o sistema bancário e furtasse as vítimas. Saiba mais abaixo. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 PR no WhatsApp Durante a operação, foram cumpridos 63 mandados de busca e apreensão, além de ordens de bloqueio de 38 contas de pessoas físicas e 10 de pessoas jurídicas, bloqueios administrativos de 17 veículos e o sequestro de seis imóveis - inclusive o do local onde funcionava a falsa central telefônica. Durante o cumprimento das medidas, foram apreendidos três veículos (um deles considerado de luxo), além de aparelhos de telefone celular, cartões, máquinas de cartão e equipamentos eletrônicos, entre outros itens que serão periciados e deverão auxiliar na continuidade das investigações. As medidas cautelares foram cumpridas no Paraná (Ponta Grossa, Curitiba e Foz do Iguaçu), Ceará (Fortaleza e Itaitinga), Rio de Janeiro (Mesquita, Nova Iguaçu, Nilópolis, Mangaratiba e Rio de Janeiro) e São Paulo. "As investigações apuram atuação de organização criminosa de âmbito nacional envolvida com crimes de furto mediante fraude e estelionato eletrônico, praticados a partir de uma falsa central telefônica que operava em Ponta Grossa, além de lavagem de capitais, corrupção ativa e passiva e tráfico de drogas", explica o Gaeco. O órgão também explica que sete pessoas trabalhavam na central telefônica, com expediente de call center - das 8h até às 18h, diariamente. O espaço físico ficava em uma chácara de Ponta Grossa. Os nomes dos suspeitos não foram revelados. Leia também: Previsão do tempo: Novos temporais com granizo, raios e chuvas e ventos fortes se aproximam do Paraná Veja: Caminhoneiro filmado matando casal de seguranças a tiros em conveniência do PR é condenado a quase 30 anos de prisão Tentativa de feminicídio: Mulher é baleada pelo ex e deixada para morrer após ser sequestrada a caminho do trabalho; homem avisou pastor onde a deixou Central telefônica criminosa que fazia ligações para aplicar golpes em todo o país é fechada no Paraná Gaeco/MP Entenda o esquema O Gaeco destaca que a organização criminosa utilizava "técnicas sofisticadas de engenharia social" para praticar furtos mediante fraude e estelionato eletrônico. "No curso das investigações, em apenas um dos golpes identificados houve o furto de R$ 564.874,55 da conta de uma empresa vítima de São Paulo. Em outro caso, contra um cliente que tinha R$ 5 milhões em conta, o crime somente não se consumou porque a vítima foi alertada pelo gerente do banco", explica o grupo. Os valores furtados eram "lavados" com contas bancárias de pessoas físicas e jurídicas de vários estados do país. "Para cada crime praticado há o envolvimento de dezenas de pessoas, desde os operadores da falsa central telefônica, criminosos que coordenam e angariam 'laranjas', além dos hackers, que 'invadem' a conta das vítimas e transferem os recursos para as contas laranjas. O grupo ainda utilizava uma empresa de fachada, registrada como comércio de artigos de pesca para dissimular a origem do dinheiro". Central telefônica criminosa que fazia ligações para aplicar golpes em todo o país é fechada no Paraná Gaeco/MP Novas investigações A partir da constatação dessa rede de fraudes bancárias e lavagem de dinheiro, a investigação deu origem a duas outras investigações: a “Muralha de Areia” e a “Vértice”, explica o Gaeco: ➡️Na primeira, conversas telefônicas entre os membros da organização criminosa, monitoradas com autorização do Judiciário, revelaram um esquema de corrupção envolvendo a compra de benefícios indevidos no sistema prisional. Foram identificados indícios de corrupção ativa e passiva para a concessão de privilégios a presos da Unidade de Progressão em Ponta Grossa, como uso de celular no local de trabalho externo e para acobertar a saída ilegal temporária do detento do canteiro de trabalho. ➡️Na segunda, foram coletadas evidências do envolvimento de parte dos investigados com o tráfico de drogas e de um esquema complexo de lavagem de dinheiro do tráfico, com o pagamento de fornecedores por meio de diversas empresas de outros estados da Federação e da região de fronteira com o Paraguai, todas de fachada. Uma delas, por exemplo, somente no ano de 2025, movimentou mais de R$ 43,6 milhões, o que indica tráfico de drogas em grande escala. Vídeos mais assistidos do g1 Paraná: Leia mais notícias em g1 Campos Gerais e Sul

FONTE: https://g1.globo.com/pr/campos-gerais-sul/noticia/2025/11/06/central-telefonica-criminosa-que-fazia-ligacoes-para-aplicar-golpes-em-todo-o-pais-e-fechada-no-parana-entenda-o-esquema.ghtml


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