Mulher é suspeita de aplicar série de golpes relacionados à redução de parcelas de empréstimos, no Paraná; entenda como ela agia
01/08/2025
(Foto: Reprodução) Delegado explica como funcionavam golpes relacionados à redução de parcelas de empréstimo
Uma mulher de 42 anos é suspeita de aplicar uma série de golpes financeiros ao oferecer redução na parcela de empréstimos já contratados. Ela foi presa nesta quinta-feira (31) em Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná, mas já foi denunciada por vítimas de outras cidades paranaenses, como Telêmaco Borba e Jacarezinho, por exemplo.
As informações são do delegado Gabriel Munhoz, responsável pelo caso. De acordo com ele, a mulher acumula pelo menos 15 boletins de ocorrência (B.O.s), e a maior parte das vítimas são idosos.
De acordo com ele, a golpista oferecia a possibilidade de portabilidade da dívida para outra instituição financeira com parcelas menores. No entanto, em vez de quitar os empréstimos existentes, ela realizava novos empréstimos fraudulentos em nome das vítimas.
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"A acusada alegava problemas técnicos nos sistemas bancários para justificar transferências de valores, informando falsamente sobre supostos direitos a restituições do INSS, orientando as vítimas a desconsiderarem cartões ou boletos que chegassem em suas residências e realizando transferências PIX para simular pagamentos de benefícios", detalha o delegado.
Munhoz afirma que, em um dos casos investigados, um aposentado cuja esposa trabalhava como diarista para a acusada teve um prejuízo superior a R$ 110,6 mil.
"A investigada realizou múltiplos empréstimos fraudulentos em bancos diferentes, capturou a biometria da vítima sem seu conhecimento, abriu contas bancárias em nome da vítima, transferiu o recebimento da aposentadoria para conta sob seu controle e realizou antecipação do 13º salário da vítima", explica.
O responsável pela investigação também conta que a mulher continuou fazendo o esquema mesmo depois de ser interrogada, mais de uma vez, pela Polícia Civil. Para ele, isso demonstra "completo desprezo" pelas leis e indica que ela estava "fazendo do estelionato seu modo de vida".
Nesta quinta, ela foi presa preventivamente; ou seja, por tempo indeterminado.
O nome dela não foi revelado. A Polícia Civil ressalta que não pode repassar a identidade de pessoas presas e/ou investigadas devido à lei de abuso de autoridade.
O g1 tenta identificar a defesa da suspeita.
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Foto ilustrativa
Fábio Dias-EPR
⚠️Como evitar golpes
O delegado Gabriel Munhoz explica que, nesse caso, a investigada aproveitava-se da vulnerabilidade de pessoas idosas, especialmente aquelas com quem mantinha vínculos de confiança.
No entanto, ele destaca que os golpes podem vir tanto de conhecidos, quanto de desconhecidos.
"A Polícia Civil orienta a população, especialmente pessoas idosas, a desconfiar de ofertas 'milagrosas' de redução de empréstimos, não fornecer dados pessoais ou biometria para terceiros, sempre consultar diretamente as instituições financeiras sobre portabilidade de empréstimos, comunicar imediatamente à polícia qualquer suspeita de fraude e verificar regularmente extratos bancários e benefícios previdenciários", afirma.
📞Denúncias
Em Ponta Grossa, denúncias podem ser feitas por meio do WhatsApp (42) 3219-2757.
Na cidade e também em outras regiões, denúncias sobre quaisquer situações podem ser repassadas de forma anônima pelos telefones 197, da Polícia Civil, ou, 181, do Disque-Denúncia.
Se o crime estiver acontecendo naquele momento e/ou houver alguém em situação de perigo, a Polícia Militar deve ser acionada pelo telefone 190.
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