‘Poderia ter morrido’, diz mulher que sofreu queimaduras graves após peeling feito por farmacêutico no Paraná

  • 23/10/2025
(Foto: Reprodução)
Mulher teve queimaduras graves no rosto, pescoço, colo e braços Arquivo pessoal O farmacêutico Tiago Tomaz da Rosa, que atuava na Clina Revive, em Cascavel, no oeste do Paraná, se tornou réu pelos crimes de lesão corporal grave e falsidade ideológica após realizar um peeling de fenol que causou queimaduras severas em uma cliente, em junho de 2018, segundo o Ministério Público do Paraná (MP-PR). A vítima, de 43 anos, que preferiu não se identificar, contou ao g1 que o procedimento deixou marcas permanentes e abalou sua vida emocional. “Acabei entrando em uma depressão profunda. Me sentia insegura e me achava feia. Eu poderia ter morrido”, disse. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Foz do Iguaçu no WhatsApp Conforme o MP, Tiago aplicou o produto sem exames prévios ou avaliação clínica, mesmo após a paciente informar que tinha doença renal grave e alergias — condições que contraindicariam o uso do fenol. O produto foi usado em excesso no rosto, pescoço, colo, mãos e braços, o que resultou em lesões graves e permanentes. Peeling de fenol: especialista alerta sobre cuidados ao buscar procedimento O advogado Hélio Ideriha Júnior, que representa Tiago, disse que o profissional agiu dentro dos limites da profissão e que o procedimento era autorizado pelo Conselho Regional de Farmácia na época. “A defesa vai demonstrar que ele agiu dentro das normas e que o resultado, embora lamentável, pode ocorrer como efeito colateral”, afirmou. Leia também Saúde: Mãe de advogada que resgatou família em incêndio no PR acorda e respira sem ajuda de aparelhos Cascavel: Estado de saúde de advogada que salvou família de incêndio é gravíssimo Governo do Paraná: Servidora é condenada a 10 anos de prisão por desviar dinheiro público Vítima afirma que não sabia dos riscos A vítima contou que o farmacêutico não explicou os riscos do procedimento e que tentou “corrigir” as queimaduras, o que piorou o quadro. “Não tinha nem completado um mês e ele resolveu fazer outro peeling de fenol. Queimou em cima da queimadura. Eu deixei porque ainda não via cicatrizes”, relatou. As marcas são permanentes e abalaram o emocional da vítima Arquivo pessoal Os laudos anexados ao processo apontam que a vítima teve cicatrizes permanentes, inflamações e hipersensibilidade na pele, além de ter ficado incapacitada para o trabalho por mais de 30 dias. Segundo a denúncia, após o procedimento, Tiago ainda usou indevidamente o carimbo e a assinatura da esposa, que é médica e estava em licença-maternidade, para falsificar receitas e documentos, tentando dar aparência de legalidade ao ato. A vítima afirmou que o farmacêutico prescreveu medicamentos sem prescrição médica. “Ele me deu remédios sem eu saber o que eram. Eu mandava mensagens preocupada com as reações e ele dizia que era normal, que no fim eu ia ficar linda”, contou. VÍDEOS: mais assistidos do g1 Paraná Leia mais notícias da região em g1 Norte e Noroeste.

FONTE: https://g1.globo.com/pr/oeste-sudoeste/noticia/2025/10/23/poderia-ter-morrido-diz-mulher-que-sofreu-queimaduras-graves-apos-peeling-feito-por-farmaceutico-no-parana.ghtml


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